A Telefônica S/A, empresa espanhola que detém a Vivo no Brasil, anunciou no final de 2019 um plano de ação com cinco pontos estratégicos para aumentar a sua receita. A companhia mira em um valor estimado acima de 2 bilhões de euros. O objetivo é alcançá-lo até o final de 2022. Entre as novas metas está o foco nos principais mercados da companhia: Brasil, Alemanha, Espanha e Reino Unido.
Além disso, a mudança mais significativa está na criação da Telefônica Tech. A nova unidade de tecnologia será responsável por atuar em negócios digitais nas áreas de computação em nuvem, Internet das Coisas, cibersegurança, big data, entre outras. A companhia ainda irá se dividir em um setor de infraestrutura e passará por uma reorganização interna para otimizar os processos e a estrutura do grupo como um todo.
Neste artigo você entende a revira-volta nos planos da Telefônica e relembra algum desses conceitos, já abordados aqui no Compara Plano, nos quais a operadora pretende atuar. Confira abaixo!
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A Telefônica Tech
“Tudo será conectado e vai emitir informações em tempo real”, afirmou o presidente da Telefônica, José María Álvarez-Pallete, ao prever também uma “explosão de dados”. Em entrevista ao jornal Financial Times, Pallete explicou que a Telefônica está mudando, deixando de ser uma empresa tradicional de telecomunicações para se tornar uma empresa de tecnologia, e que essa virada é impulsionada pela crença de não haverá muito espaço para a fórmula clássica das companhias de telecomunicações.
“O modelo está esgotado e precisamos nos reinventar”, afirmou o presidente em entrevista coletiva após dois dias de reunião do Conselho de Administração da empresa.
A Telefônica Tech vai atuar em áreas como cibersegurança, internet das coisas, big data e computação em nuvem. A companhia afirma que essas atividades, juntas, já representam um aumento no faturamento acima de 30% dentro da empresa. A nova unidade também estará aberta para complementar o seu portfólio com novas aquisições. A Telefônica Tech vai ser liderada pelo até então responsável pelo segmento corporativo (B2B) da empresa como um todo, José Cerdán.
Além da criação da unidade de tecnologia e da mudança de foco para os países que representam seus principais mercados, outros três pontos estratégicos foram elaborados no plano de ação da Telefônica. São eles: a criação da Telefônica Infra, uma divisão de infraestrutura; uma espécie de spin-off operacional unificando todos os negócios na América Latina (com exceção do Brasil); e a redefinição do seu centro de operações.
Abaixo você relembra alguns dos conceitos que já abordamos aqui no blog do Compara Plano e que fazem parte dos segmentos em que a Telefônica Tech irá investir.
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Cibersegurança
A cibersegurança consiste num conjunto de práticas e medidas, tomadas e desenvolvidas por indivíduos ou organizações, com o intuito de proteger estruturas tanto físicas quanto virtuais. O principal objetivo das ações de cibersegurança é evitar e combater os ataques que têm origem no ciberespaço. Ou seja, ameaças virtuais que buscam invadir programas, redes e computadores.
Em um contexto de intensa troca e fornecimento de dados entre usuários e empresas, o desenvolvimento da cibersegurança é cada vez mais fundamental em uma sociedade extremamente conectada. Empresas que trabalham nesse segmento costumam desenvolver, por exemplo, softwares para identificação de códigos maliciosos e protocolos de criptografia para codificação de arquivos, como emails e outros dados sigilosos, e de importância para os usuários envolvidos.
A cibersegurança muitas vezes é confundida com a segurança da informação, mas são conceitos distintos. Na realidade, a cibersegurança pode ser entendida como um braço da segurança da informação, que é um conceito mais abrangente e diz respeito à proteção de dados de modo geral, incluindo o armazenamento físico de documentos, por exemplo.
Já a cibersegurança tem como foco em sistemas, softwares e redes de computadores, protegendo um tipo de informação essencialmente digital.
Computação em nuvem
A computação em nuvem é geralmente conhecida pelos serviços de armazenamento. Esses são plataformas conectadas a um servidor que é mantido ligado por 24h pelas empresas de tecnologia. O usuário paga (ou recebe gratuitamente) por um espaço fora dos seus dispositivos.
Ali ele pode guardar arquivos como fotos, vídeos e outros formatos diversos. Os arquivos guardados na nuvem podem ser acessados e editados por meio de qualquer dispositivo conectado à internet.
A computação em nuvem também está ligada diretamente à cibersegurança. Além de soluções voltadas propriamente para segurança, o dia a dia virtual das pessoas é também mais seguro com a popularização do armazenamento em nuvem, uma vez que os arquivos pessoais não precisam estar exclusivamente armazenados em um único aparelho sujeito a furto ou contaminação por vírus.
No entanto, a computação em nuvem vai além do armazenamento de arquivos.
A tecnologia tem como promessa para o futuro ser capaz de prover todos os serviços de TI que existem, reduzindo os custos e o trabalho envolvidos no gerenciamento de infraestruturas de redes de computação. Trata-se de uma mudança geral na forma com que os serviços de tecnologia são entendidos, desenvolvidos e atualizados.
A computação em nuvem representou um aumento significativo na praticidade, na segurança e na mobilidade com que lidamos com arquivos digitais.
A Telefônica vai na contramão de um movimento de operadoras que estão repensando as estratégias voltadas para a computação em nuvem. O que era uma novidade promissora no começo da década acabou tornando-se um mercado cada vez mais concentrado em poucas e gigantes empresas de tecnologia.
Internet das coisas
Quando se fala em Internet das Coisas, um dos exemplos clássicos é a geladeira que avisa quando os alimentos acabam ou faz compras sozinha. Entretanto, as possibilidades envolvidas em uma realidade de objetos interligados por uma conexão ultraveloz são muitas e, até, difíceis de mensurar.
A internet das coisas, em resumo, diz respeito à conexão digital de objetos físicos e aparelhos virtuais. Eles transmitem dados entre si com o objetivo de gerar mais praticidade, conforto e informação para o usuário que controla essa rede. A chegada da internet 5G representa um futuro promissor para essa conectividade entre diferentes objetos.
Dispositivos inteligentes, como televisores e lâmpadas, melhoria na qualidade do ar e da água das cidades, otimização dos processos envolvidos na agricultura, menor desperdício de alimentos e controle de epidemias são apenas alguns dos exemplos de aplicações da internet das coisas que já estão sendo desenvolvidos, aprimorados e aplicados em diversos países ao redor do mundo.
Essa modernização chegou definitivamente, então veja como preparar a sua casa para esse futuro inteligente, que já está disponível à população.
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